Devemos sempre evitar a duplicidade de sentido de uma palavra, expressão ou frase. A dupla interpretação deixa o texto obscuro, quando não incompreensível.
Algumas causas frequentes de ambiguidade:
1) Uso do pronome possessivo sem explicações pode confundir o que é de quem.
Tony ensinou Malu a usar o seu computador para escrever roteiros de viagem.
Computador de quem? Do Tony, da Malu ou “de você”?
Melhor deixar claro: “Tony ensinou Malu a usar o computador dela para escrever roteiros de viagem”.
Em muitos casos, basta cortar o termo “seu” ou “sua”:
Ivo encontrou o seu irmão no aeroporto. => Ivo encontrou o irmão no aeroporto.
2) Posição inadequada do adjunto adverbial
O candidato Edgar de Souza (PSDB) recebeu ataques devido à sua orientação sexual durante a campanha.
A ordem dos termos dá a entender que o candidato adotou uma orientação sexual durante a campanha.
Durante a campanha, o candidato Edgar de Souza (PSDB) recebeu ataques devido à sua orientação sexual.
3) Colocação do pronome relativo “que” em posição distante do nome ao qual se refere.
O escritor não deu detalhes sobre o livro sobre a guerra que acaba de terminar.
O que acabou de terminar: o livro ou a guerra?
O escritor não deu detalhes sobre o livro que acaba de terminar, cujo tema é a guerra.