Aspectos estilísticos – 3-Ambiguidade

Devemos sempre evitar a duplicidade de sentido de uma palavra, expressão ou frase. A dupla interpretação deixa o texto obscuro, quando não incompreensível.

Algumas causas frequentes de ambiguidade:

1) Uso do pronome possessivo sem explicações pode confundir o que é de quem.

Tony ensinou Malu a usar o seu computador para escrever roteiros de viagem.

Computador de quem? Do Tony, da Malu ou “de você”?

Melhor deixar claro: “Tony ensinou Malu a usar o computador dela para escrever roteiros de viagem”.

Em muitos casos, basta cortar o termo “seu” ou “sua”:

Ivo encontrou o seu irmão no aeroporto. => Ivo encontrou o irmão no aeroporto.

 

2) Posição inadequada do adjunto adverbial

O candidato Edgar de Souza (PSDB) recebeu ataques devido à sua orientação sexual durante a campanha.

A ordem dos termos dá a entender que o candidato adotou uma orientação sexual durante a campanha.

Durante a campanha, o candidato Edgar de Souza (PSDB) recebeu ataques devido à sua orientação sexual.

 

3) Colocação do pronome relativo “que” em posição distante do nome ao qual se refere.

O escritor não deu detalhes sobre o livro sobre a guerra que acaba de terminar.

O que acabou de terminar: o livro ou a guerra?

O escritor não deu detalhes sobre o livro que acaba de terminar, cujo tema é a guerra.